domingo, dezembro 30, 2012

Eu desejo, Eu desejo, de todo coração ...


... poder hibernar de novembro a maio.

Está frio lá fora. E muito frio. O termômetro tá marcando 26 Farenheit. Em meu cérebro, isso soa mais ou menos assim:
26 Farenheit! Isso é abaixo de zero em temperatura normal!

Quando digo temperatura normal, quero dizer Celcius, a escala em que a meu cérebro foi ensinado a pensar. Na escala que meu cérebro foi ensinado a pensar qualquer coisa abaixo de 25 C (80Farenheit) quer dizer muito frio. Na escala que meu cérebro foi ensinado a pensar, zero (32Farenheit) significa o armagedon. Agora 26 Farenheit? Isso é abaixo de zero! O que vem depois armagedon? O apocalipse Maia? O fim do mundo? Fogo e enxofre? .... não ... não, fogo e enxofre realmente soa melhor do que o que está lá fora no exato momento.

É então que eu penso em ursos. Os ursos são tão inteligentes! Eles não têm de lidar com toda essa confusão! Eles vão para seu covilzinho e hibernam. Eu gostaria de poder hibernar como eles. Iria para minha caminha no início de novembro e acordaria no início de maio!

Por quê? Porque o simples pensamento de deixar minha casa é tão terrível que começo a chorar. Não, eu não estou usando figura de linguagem, na verdade eu choro quando tenho que sair de casa nesta época do ano.

Como se a idéia de que eu não posso simplesmente colocar uma camiseta, um shortinho e umas havaianas sempre que eu queor sair de casa não fosse aterrorizante o suficiente, há o fato de que, não importa o que eu vista , vou passar muito frio!

Se eu pudesse sair de casa em meu pijaminha confortável, envolta em meu saco de dormir, que estaria recheado com cobertores aconchegantes, e se eu pudesse manter minha cabeça enfiada neles os tempo todo, talvez eu não me importasse. Mas eu tenho que me vestir. E adivinha só! Cada roupa que eu coloco  parece ter sido tirada de um freezer! Sem mencionar o fato de que em qualquer lugar que não seja debaixo da minha coberta é muito - rmito - muito mais frio do que a temperatura mínima em que eu sequer poderia sair pra brincar quando eu era criança. Então, basicamente sair de casa em meio a temperaturas tão horríveis vai contra tudo o que aprendi ser a coisa certa a fazer.

Agora coloque o seu cérebro dentro do meu cérebro e me diga - você não ia chorar como um bebê também?

terça-feira, dezembro 25, 2012

E se só lhe restasse um dia?


Eu ouço muitas vezes as pessoas dizendo: "viva cada dia como se fosse o último". Com todo esse alvoroço do fim do mundo que teve na semana passada, um monte de gente considerou essa idéia.
Eu também. E cheguei à conclusão de que, se eu fosse viver cada dia como se fosse o último eu seria gorda e desempregada. Quero dizer, por que eu iria me segurar no chocolate e outras guloseimas se amanhã eu iria embora deste corpo? E por que eu iria acordar cedo e ir trabalhar e atura tudo o que é preciso aturar, a fim de ser autorizados a voltar no dia seguinte e receber um contracheque no fim do mês? Alguém me responda, por favor? Por quê?
"Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos". Essa seria a minha filosofia.
Por que eu deveria viver uma vida de responsabilidades? A responsabilidade é baseada na somente possibilidade do futuro. Vou fazer A, B e C, porque se não eu não vou ter um teto sobre minha cabeça, eu não terei dentes, eu não terei saúde, eu não terei roupas, e eu vou precisar todas essas coisas se eu quiser continuar a viver mais alguns anos.
Uma vida sem cuidados não é uma vida de felicidade. Muito simplesmente, uma vida sem cuidados é uma vida irresponsável. Viver para hoje e ignorar a existência de um amanhã é a coisa mais estúpida que alguém pode fazer. Quase tão estúpido como uma vida que ignora essa possibilidade muito real da morte.
Eu sei que eu poderia morrer amanhã. Há uma chance muito boa que isso venha a acontecer. Mas eu também sei que há uma chance muito boa que eu possa viver uma vida longa, e eu não quero viver cada dia de uma longa vida aturando as consequências de viver cada dia como se fosse o último.
Se eu soubesse que o mundo ia acabar em 21-12-12, eu teria largado o o meu trabalho. Eu teria estourado meu cartão de crédito comprando qualquer coisa que eu desse na telha, eu ia comer todas as guloseimas que geralmente controlo. Porque eu saberia que de fato não haveria carta de demissão, contas, ou quilos a mais - nada disso haveria no final do mês. POrque não haveria final do mês.
Se você é um cristão, você sabe que estaria no céu. Se você não é um crente de qualquer tipo, crer que todos nós apenas estariamos mortos. Por isso, não importa mesmo o que você acredita, de um jeito ou de outro as conseqüências de todas as ações selvagens não estariam lá no fim do mês.
Parte da razão pela qual nós levamos uma vida responsável, é que sabemos as consequências de uma vida irresponsável e sem cuidados.
Por favor, se você quer viver uma vida longa sem se meter em todos os tipos de problemas, não viva cada dia como se fosse o último. Isso é simplesmente estúpido. Basta viver cada dia sabendo que há uma chance de 50/50 de viver mais de 100 anos, assim como de morrer amanhã. Prepare-se para ambos.

sábado, dezembro 15, 2012

Crueldade

A crueldade é sempre uma coisa do mal - contra propriedade, contra plantas, contra animais, contra pessoas ... Mas a crueldade contra crianças é a pior coisa que eu posso imaginar. Por que as pessoas fazem isso?
Atirar contra uma turma de jardim de infância? Eu sei que os seres humanos são pecadores caídos, mas eu continuo me espantando com o quao baixo podemos cair.
A maioria de nós tem filhos ou irmãos mais novos, ou alguns de nós somos professores (de acordo com o que foi ensinado - mães da escola). Tenho certeza de que todos nós somos afetados por um evento tão horrendo.

Eu olho para trás e vejo o evento terrível no Brasil, quando ladrões de carro arrastaram um menino de 6 anos por cerca de 3 quilômetros pq ele tinha ficado preso pelo cinto de segurança. Quão baixo podemos cair?

Quão baixo pode uma raça de pecadores cair? O mais incrível mas não deve ser que nós podemos cair tão baixo, mas que a maioria de nós realmente não cai. A misericórdia de Deus ainda mantém em humanos a capacidade de cuidar dos seus.

Neste mundo caído nada deveria nos surpreender. Mas ainda dói. E nada além da garantia de que Deus é maior do que todo o mal e que ele é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia (Salmos 46:1 KJV) vai nos impedir de desespero em momentos como estes.

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Pérolas da escola

Essas coisas engraçadas q a gente ouve de gente pequena:

Estudante: Isso é tortura! (Depois de ouvir vários elogios sobre seu cabelo)
Eu: você sabe o que isso significa?
Estudante: não. Ouvi em I Carly.
Me: é algo de ruim que alguém faz de você e fica fazendo o tempo todo.
Estudante: oh, que nem Sam faz para Freddie?
Eu: bem, mais como quando vocês falam sem parar o tempo todo que o professor está tentando ensinar. ISSO é tortura!
Estudante: oh.

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Sempre digo que nao é apropriado dizer eu te amo pra alunos. Eu amo minha familia, meus amigos. Eu me importo com meus alunos. Amor? Nao. Amor é especial. Mas de vez em quando coisas saem sem pensar. Com vocês, Momento Embaraçoso:
Os alunos correndo atrás de mim depois de serem deixados na sala de aula
Eu: O que vocês estam fazendo? Voltem para a sua sala de aula!
Estudante: mas eu te amo!
Eu: tá, eu também. Agora volte para a sala de aula.
Estudante: tá.

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Estudante: Pró, bruxas são reais, você sabia?
Eu (risada sarcástica): querido, eu não acredito em bruxas.
Estudante faz cara de choro: não?
Eu: não. Mas que elas existem, existem.
Estudante me olha confuso.
Outro aluno: Ela sempre diz isso!

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Estudante (apontando para o colega): Pró, diga alguma coisa!
Eu: alguma coisa!

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Estudante (quase na minha cara): Eu tou com uma virose.
Eu (recuando lentamente certificando-me de nenhuma parte de mim toque qualquer coisa que possa estar tocando a criança): meu bem, você não deveria estar na escola. Vá para o escritório e diga isso a eles saibam.

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Acidente no Japão

9 pessoas morreram em seus carros no Japão. Como? O teto de um túnel caiu. Eles estavam apenas dirigindo, em seu caminho para o trabalho, para a casa de um amigo, para suas férias, para um jantar especial, quem sabe!
O teto caiu, três carros foram esmagados e pegaram fogo. Que maneira horrível de morrer. E, assim mesmo, nove vidas foram tomadas ... Quantas famílias estão chorando agora?
Isso só serve para mostrar o quão frágil é nossa vida. Num minuto estamos aqui. No minuto seguinte, já não estamos. Quantas vezes por dia nos esquivamos das morte por questão de segundos?
E ainda assim, vivemos como se nossas vidas são tão certas. Somos tão tolos! Por que não estamos de joelhos todos os dias, agradecendo a Deus por mais um dia, ele nos poupou? E por que não viver cada dia como se fosse o último? Quer dizer, da melhor maneira possível, como se em um segundo tivéssemos que dar conta de nossas ações a uma autoridade superior, também conhecido como Deus?

sábado, novembro 03, 2012

Troque seu cachorro por uma criança pobre

Ontem assisti a um vídeo sobre exigências malucas da PETA. Eu sempre pensei que PETA fosse uma boa e razoável sociedade de proteção aos animais. Acho que eu estava errada. Eu não tinha idéia que eles faziam tantas coisas malucas.
Agora eu estou aqui me perguntando o que a PETA diria sobre esta canção de rock brasileira na voz de Eduardo Dusek que diz, "troque o seu cachorro por uma criança pobre".
"Com gente é diferente," diz outra canção. Enfrentaea verdade, as pessoas são mais importantes do que os animais.
Como é que os ovos fertilizados de animais são protegidos como se fossem material sagrado? Eles são mais importantes do que os ovos fertilizados de seres humanos que podem ser destruídos em nome da escolha (pro-choice)?

Eu amo os animais também, e eu não acho que eles devem ser tratados com crueldade. Mas, sim, uma criança sem-teto deve ter precedência sobre um animal de estimação.

Eu não acho que o roqueiro estava dizendo que todos nós devemos simplesmente despejar nossos animais de estimação na rua. Mas por que gastar milhões em nossos animais queridos, enquanto deixamos as crianças passar fome nas ruas?

De que lado nós estamos quando ficamos mais preocupados com o bem estar de uma outra espécie do que o da nossa? A palavra auto-preservação significa nada para a raça humana?

"Com gente é diferente"

terça-feira, outubro 30, 2012

Ayrton Senna do Brasil!

Para terminar o mês das crianças com chave de ouro, mais uma da minha infância. Tou aqui assistindo um documentário sobre o Ayrton Senna e me acabando de chorar... De saudade. Saudade daquele jingle gostoso e do grito do Galvão Bueno, "Ayrton Senna do Brasil!"
Qualquer brasileiro que viveu nos anos 80 ou 90 lembra dessa famosa fala.
Senna era nosso herói. Ele começou como um ninguém. Mocinho de classe média-alta, é verdade, mas um ninguém de um país de terceiro mundo no mundo da Fórmula 1. Se destacou no kart, chegou à Fórmula 1 em 84 e logo mostrou a que veio. Surpreendia a todos com sua genialidade. Nas pistas molhadas, era rei. Ganhou três mundiais e mais pole-positions que qualquer piloto na história. Ayrton se tornou o grande fenômeno da Fórmula 1. Era um lutador que veio, viu e venceu. Mas não se esqueceu do Brasil, esse país sofrido e cheio de injustiças. A nossa bandeira foi algo que ele sempre levou com orgulho. O menino rico sequer se esqueceu dos pobres de seu país. Em segredo, doava fortunas a crianças pobres e, ainda em vida, criou o que seria o Instituto Ayrton Senna.

 Imaginar minha infância sem ver o Senna correr - e ganhar? Não consigo. Domingo era dia de ir à igreja e de ver o Ayrton ganhar. Ganhar e levar, com orgulho, nossa bandeira com ele. Numa época em que a gente tinha tão pouco do que se orgulhar nesse país, cada vitória sua era uma vitória do povo brasileiro.

E quem de nós que viveu os anos 90 jamais esquecerá as palavras do Roberto Cabrini, "Morreu Ayrton Senna da Silva. Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar. Morreu Ayrton Senna da Silva." Um dia negro na história do Brasil. Um dia negro na minha história.  

Ele se foi tão cedo, mas deixou sua marca em cada brasileiro. E a mensagem de que a gente que nasce nessa terra tupiniquim pode dar certo.
Senna foi e sempre será o grande herói da minha infância.

segunda-feira, outubro 29, 2012

Bahia - terra da felicidade

O jingle do ACM começava assim - "Você se lembra de mim? Eu nunca vi você tão só. Ó meu chamego, meu xodó, minha Bahia!"

Pelo que vi ontem no facebook, ACM Neto poderia ter cantado o mesmo jingle nessas eleições. Todos estavam tão desesperados com a situação decadente dessa caiptal baiana linda, que O ACM Neto foi celebrado como herói simplesmente por ter sido eleito.

Eu não tenho acompanhado a política baiana. Só ouço falar dos desmandos, das loucuras e da politicalha.
Eu nunca gostei daquela história do rouba, mas faz, pq admitir que se é ladrão mas que é melhorzinho é uma bruta sacanagem.

Mas eu sei que no mundo real não existe ninguém 100% bom. Na verdade, segundo a palavra de Deus, ninguém é bom, ninguém faz o bem. Então eu acredito que, em vez de dizer rouba mas faz, digamos dos males o menor. Esperemos que esse prefeito eleito, seja um político que lute pelos interesses da cidade e que faça o melhor pelos cidadãos soteropolitanos.

Mas, pela mesma filosofia de que ninguém é 100% bom, não vamos nos esquecer que político nenhum é herói, político nenhum traz a salvação da pátria. Eu não quero saber pra quem você votou - o seu candidato não é um herói. Não é nem nunca vai ser. Não vamos admitir que roubar é normal! Ele faz? Ok, então vamos colocá-lo no poder e vijiar o carinha para que ele não roube ... muito.

Você cidadão, que foi e votou e comemorou sua vitória nas urnas, e mesmo você, que sabe-se lá porque cargas d'água tenha votado no outro, você ainda tem uma tarefa a cumprir, o seu dever civico não terminou.

Acompanhe, cobre, critique aquilo que merecer criticas e louve aquilo que merecer louvores. Não engula sapo, não se acomode, não espere pelos próximos quatro anos. Conheça seus vereadores, escreva-lhes manifestando sua opinião, se informe e faça ouvir sua voz. E se sua voz não for ouvida durante o mandato desses homens, deixe o recado nas urnas nas próximas eleições. Mas não espere até lá para agir novamente.

Política é parte da vida de uma comunidade. Cidadãos politizados são a parte essencial de uma democracia. Só com cidadãos politizados a politica não vira politicalha. Só com cidadãos politizados os homens colocados no poder não fazem de nós gato-e-sapato. Só com cidadãos politizados se constrói uma democracia evoluida e honrada.

Vendo a politica Americana e Brasileira através da história percebo que quando cidadãos não estão apáticos à vida pública, os homens colocados no poder entendem que tem que prestar contas a um poder maior que eles - seus eleitores.

Termino esse post com uma grande verdade que escutei a vida toda:
O destino de quem não se interessa por política é ser controlado por quem se interessa. Você quer ser controlado por outros de cuja moral e bons costumes você duvida? Ou prefere se interessar e mantê-los sob controle?

sábado, outubro 20, 2012

Piriguete Vs. Garanhão

Não resisti e acabei assistindo o último capítulo da novela das 8. Tava todo mundo falando, todo mundo comentando, altas emoções, etc. e tal. Então lá vou eu. Clico no site da Globo e boto lá o último capítulo da Avenida Brasil.
Realmente, muita adrenalina. Gostei. Exceto pela parte do Cadinho. Fala sério! O cara casou com as três? Peraê, véi!
Primeiro de tudo, que bando de otária, viu! Dividir o homem delas com outra? Eu não divido meu homem com ninguém! Tudo bem que nós temos nossos namorados imaginários, como a Mariana Ximenes e o Paul McCartney. Mas na vida real, é bom que seja só eu e ele, se tem ele algum amor à vida.
Segundo de tudo, homem com uma em cada esquina pode, né? Se fosse mulher, era piriguete, vadia, vagaba. Que nem a tal da piriguete da Suelen. Mas como é homem, é garanhão, é irresistível, é cheio de amor pra dar, tá tudo bem... Ah! Me faça uma garapa. Tem coisas que eu não engulo.

sexta-feira, outubro 12, 2012

Brasileiros e as várias temperaturas

Transcrição de video do YouTube.

30ºC ou mais
Baianos vão à praia, dançam, cantam e comem acarajé.
Cariocas vão a praia e jogam futebol. 
Mineiros comem um ‘queijin’ na sombra.
Todos paulistas estão em Santos, enfrentando 2 horas de fila nas padarias e supermercados.
Gaúchos esgotam os estoques de protetor solar.
25ºC
Baianos não deixam os filhos saírem ao vento após as 17 horas.
Cariocas vão à praia, mas não entram na água.
Mineiros comem um feijão tropeiro.
Paulistas fazem churrasco na casa de Santos, mas já não entram na água.
Gaúchos reclamam do calor e não fazem esforço devido ao esgotamento físico.
20ºC
Baianos mudam os chuveiros para a posição ‘Inverno’.
Cariocas vestem um moletom.
Mineiros bebem pinga perto do fogão a lenha.
Paulistas decidem voltar de Santos e o trânsito vira aquele inverno.
Gaúchos vão tomar sol no Parque da Redenção.
15ºC
Baianos tremem incontrolavelmente de frio.
Cariocas se reúnem para comer fondue.
Mineiros continuam bebendo pinga perto do fogão a lenha. 
Paulistas ainda estão presos nos congestionamentos na volta de Santos.
Gaúchos começam a dirigir com os vidros abaixados pra entrar uma fresquinha.
10ºC
Decretado estado de calamidade pública na Bahia.
Cariocas usam sobretudo, cuecas de lã, luvas e touca. 
Mineiros continuam bebendo pinga e colocam mais lenha no fogão.
Paulistas já voltaram de Santos e vão todos pra mesma pizzaria no mesmo shopping center engarrafando a cidade.
Gaúchos começam a cogitar a possibilidade de botar uma camisa de manga comprida.
5ºC
Bahia entra no Armageddon.
César Maia lança a candidatura do Rio para as olimpíadas de inverno.
Mineiros continuam bebendo pinga e quentão ao lado do fogão a lenha.
Paulistas lotam hospitais e clínicas devido doenças causadas pela inversão térmica.
Gaúchos dão uma fechada nas janelas de casa.
0ºC
Extingue-se a vida na Bahia e no Nordeste inteiro.
No Rio, César Maia veste 7 casacos e lança o ‘Ixxnoubórdi in Rio’. 
Mineiros entram em coma alcoólico ao lado do fogão a lenha.
Paulistas não saem de casa e dão altos índices de audiência a Gilberto Barros, Gugu Liberato, Luciana Gimenes e Silvio Santos. 
Gaúchos fazem um churrasco no pátio, antes que esfrie.
Fonte:http://bobagento.com/brasileiros-em-varias-temperaturas/

segunda-feira, outubro 08, 2012

Peter Pan e o Menino Maluquinho

Acho que a maioria de nós que crescemos no século XX conhecemos a história do Peter Pan, o menino que não queria crescer. Ele vivia num lugar chamado Terra do Nunca. Ele sabia voar entre o nosso mundo e o dele. Sabia lutar contra o malvado Capitaão Gancho. Ele só não sabia crescer.

Quando eu tinha seis ano de idade descobri o poema do autor romântico Casimiro de Abreu "Meus Oito Anos".  "Ah que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais"... Casimiro morreu aos 21 anos, havia mal-começado a vida adulta, e já lhe fazia falta a infância....

O que é que o Casimiro sabia? Que o Peter Pan sabia? E eu? O que eu sabia? Eu tinha só seis anos e já sabia que aquele seria para sempre o meu poema favorito. ... Eu nunca quis crescer. Eu sabia sim que eu tinha uma coisa muito especial que não ia durar pra sempre. E não durou mesmo. Veio o tempo e levou ela de mim.

A primeira vez que percebi isso foi no dia que, no parque de diversões, me barraram de entrar no pula-pula. Grande demais, eles disseram. Grande demais? Mas no ano passado eu entrei! Como é que sou grande demais? Foi o tempo. Anos depois, no terceiro do colegial, a professora deu pirulito para todos os vestibulandos no dia das crianças... E comentamos entre nós que na faculdade não ia ter pirulito no dia das crianças. Ano que vem ninguem ia olhar pra gente e ver a criança... era o tal do tempo de novo. O tempo sem dó, que nem o Menino Maluquinho conseguiu segurar. O tempo veio e fez a gente crescer.


Tantas crianças por aí querendo crescer logo, querendo ser gente grander. Ah, nunca entendi porquê. Por que vc quer deixar a parte mais tranquila da sua vida? A mais sem cuidados? Aquela parte onde tudo é possivel, e onde sonho e realidade são quase que uma coisa só? Tantas crianças por aí tendo que crescer logo - por falta de opção que a vida lhes dá. Tendo que ser gente grande, se cuidar e cuidar de outros às vezes. Tantas crainças por aí tendo que arcar com responsabilidades que a vida lhes trouxe cedo demais. E vc quer abrir mão da sua infância querida por livre e espontânea vontade? Por quê?


Crescer é divertido às vezes, é verdade. Crescer é viver. A vida é feita de experiencias. Uma atrás da outra. E a cada nova experiencia, mas um pouquinho da criança vai embora. Mais um pouquinho do adulto vai chegando. Crescer leva tanto de nós consigo... tantas coisas que nunca poderemos ter de volta. A ingenuidade infantil não volta nunca mais. A falta de cuidados ... bem, essa pode até voltar, mas... se voltar vai te dar tanto problema... melhor não. Crescer é aprender a ser responsável por si e por outros. E aprender que a única escolha sensata é ser responsavel.

Crescer, disse um personagem do Marco Nanini, é ir lentamente se distanciando dos pés. Verdade, depois que aquela barriguinha cisma de sentar ali no meio, aquele pezinho que antes vinha até a boca, nunca mais vai chegar perto com a mesma agilidade. Então é verdade. Crescer é inevitável. Que triste destino esse nosso - nós, classificados como seres vivos lá na aula de ciências, lá na quarta série do ensino fundamental - nascem, crescem, reproduzem, envelhecem e morrem. Tá lá - escrito no dever de casa, na prova, no livro texto. Assim como o tal do envelhecer e morrer, crescer é mesmo inevitável. ...

Pára! Pára tudo! Quem disse? Crescer por fora é invitável sim. Deixar de ser criança lá dentro? Ah, aí é opcional, meu irmão. Ser criança é saber sonhar, saber brincar, correr e pular, é se encantar com as coisas pequenas vida como se fossem grandes coisas. É cantar em voz alta, dançar e fazer palhaçada e não estar nem aí pra quem tá olhando ou deixando de olhar.

Um dia, disse o Ziraldo, o Menino Maluquinho cresceu. Cresceu e virou um cara legal. Mas um cara legal mesmo. Ele virou o cara mais legal do mundo. e foi aí, que todo mundo descobriu que ele não tinha sido um menino maluquinho. Ele tinha sido um menino feliz.

Eu acho que o Menino Maluquinho nunca deixou de ser criança lá dentro.

Se vc me der

Coisa de noveleiro mesmo .... Mad pra quem curtiu a novela como eu, nada como relembrar Chayene e Fabian cantando:

http://globotv.globo.com/rede-globo/cheias-de-charme/t/musicais/v/cap-1604-cena-chayene-e-fabian-arrasam-no-palco/1906732/

Se vc me der (interpretada por Chayene e Fabian)

Se vc me der, eu quero um pouco de carinho
Se vc me der, eu quero bem devagarinho, vai, vai, vai
Se vc me der, me dá daquele bem safado
Se vc me der, eu vou ficar apaixonado

Me bateu um calor, de um amor bem sacana, vc não me engana
Um amor sem pudor, de rasgar a fronha, bem sem vergonha
Me faz sua presa, vem me devorar, faz a cena imperdível,
Percorra meu corpo de um jeito gostoso, como tou sensível,

Se vc me der, se vc me der, se vc me der
Do que sou capaz, vc pede mais, amar nunca é demais.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Foi-se Hebe Camargo

Foi-se Hebe Camargo. De pouquinho em pouquinho vão se indo todos aqueles que a vida inteira eu achei q sempre estariam lá. Mas ninguém fica pra semente. A morte é a única certeza da vida. E quanto mais a gente cresce e qto mais pessoas a gente perde, mais certa é essa verdade. Da morte nenhum de nós pode fugir. Foi-se mais uma. A nossa vez está cada vez mais próxima.

quarta-feira, setembro 26, 2012

pagamento minimo

Meu cartão de crédito me mandou a fatura desse mês. Nada além do ordinário. La estavam minha despesas, meus reembolsos (por umas compras que fiz e devolvi pra loja 10 minutos depois - pois achei mais barato na loja vizinha), data de pagamento e pagamento minimo. Sim, claro, o famoso pagamento minímo! Aquela quantia mais palatável que você pode pagar todo mês sem afetar seu crédito na praça.
Foi esse pagamento mínimo que chamou minha atenção.
O pagamento minimo, imagine vc, é de $2,52
...
$2,52 ....
Caraca!!!! Dá pra imaginar? Pagar $2,52 por mês de uma fatura de cartão de crédito? É pá rí é?

Digamos que eu nunca mais usasse esse cartão. Digamos ainda que juros não incorressem no meu saldo devedor a cada mês. Quer adivinhar aí - só um chutezinho, nem precisa fazer conta... adivinha quanto tempo eu ia levar para terminar de pagar a minha fatura se todos os meses eu fizesse esse pagamento mínimo!

Rapaz, eu não pude resistir. Sentei-me e fiz a bendita conta. Quer saber? Tá pagamento pra saber? Pois então passa sacolinha aí, vai. Eu tava até precisando de um dinheirinho extra. Aqui vai a resposta:

64 anos!!!!  Essa fatura deu à canção do Paul McCartney "When I'm 64" um significado completamente novo e esclarecedor...

sábado, setembro 22, 2012

Puff - O Dragão Mágico

Puff O Dragão Mágico
Tradução livre de Puff the Magic Dragon por Vika Winters

Puff, o dragão mágico,
vivia perto do mar
num país chamado Honolee
e gostava de brincar
Seu melhor amigo 
era o pequeno João
que lhe trazia bolas de gude, 
pipas e um pião.

Oh, Puff o dragão mágico
vivia perto do mar
num país chamado Honolee
e gostava de brincar

Juntos viajavam 
num barco a vela os dois amigos, 
João montado na cauda de Puff, 
viajava contra os perigos
Muitos reis e príncipes 
Se curvavam quando os viam
E piratas abaixavam 
suas bandeiras quando ouviam

Puff o dragão mágico
vivia perto do mar
num país chamado Honolee
e gostava de brincar

Um dragão vive eternamente
mas garotinhos não
Bolas de gude e piões
dão lugar a outras diversões
Um dia aconteceu, Joãozinho não voltou
E a voz do poderoso dragão
não mais se escutou

Andava cabisbaixo
Escamas verdes a cair 
Ele não ia mais brincar
Nos bosques de Honolee
Sem o seu melhor amigo
sua coragem desapareceu
Então o poderoso dragão
em sua caverna se escondeu.

Oh, Puff o dragão mágico,
vivia perto do mar
num país chamado Honolee
e gostava de brincar

sábado, setembro 15, 2012

estudar, trabalhar

Faz tempo que a idéia de que mulher pode e deve trabalhar se tornou tolerada, depois aceita, após isso louvada, e hoje comum.

Infelizmente isso fez com que se criasse uma rixa entre dois tipos de mulheres.

As mulheres que trabalham no lar sejam olhadas de forma baixa, como se elas não tivessem alcançado seu potencial. Como se fossem seres simplistas e de pouca ambição.

As pessoas falam como se ser eposa e dona de casa fosse um trabalho menos honrado, ou que requeresse menos esforço.
Com o passar do tempo as mães das novas gerações, com medo de serem intransigentes e retrogadas, incentivaram as filhas a não buscarem o casamento e a vida de dona de casa. Mas sim a vida do trabalho assalariado, fora de casa.
Ninguém parece se lembrar que tanto ha que se fazer numa casa para que tudo esteja sob controle. Ninguém parece se lembrar que crianças passam a ser criadas e educadas por empregadas e babás - trabalhadoras assalariadas que fazem o trabalho que outrora pertencia à dona de casa.
Por muitos anos as mães passavam às filhas seus conhecimentos sobre como manter uma casa e uma familia. Esses conhecimentos se perderam quando as mães com medo de criar filhas do século passado passaram a incentivá-las a não se ligar nessas coisas. Cozinhar? Costurar? Manter uma horta? Lidar com problemas de filhos no dia a dia? Tudo isso o dinheiro pode comprar.
A dona de casa é vista como um ser simples e ignorante. Mas tanto sabiam as donas de casa que cuidavam de sua casa com esmero. Uma sabedoria perdida, pq todo o serviço da casa passou a ser terceirizado.
Uma sabedoria que foi desvalorizada pela nossa sociedade ocidental pq nunca trouxe renda. Apenas possibilitava que outros na casa fizessem os serviços que traziam a tal renda. Ou seja a sabedoria que era a base de tudo.


As mulheres que trabalham fora por outro lado, muitas vezes sao desdenhadas por aquelas que trabalham em casa. As donas de casa que criam seus filhos fazem poucos das mães que tem que trabalhar dobrado - para cuidar de seu lar e para financiá-lo. Hoje em dia existe uma escolha. Você pode escolher ser só dona de casa. POde escolher só trabalhar fora. OU pode escolher os dois. Todas essas escolhas tem prós e contras. Se vc escolhe só trabalhar fora, delega a outro o cuidado com seu lar. Se escolhe só trabalhar em casa, tem que lidar com restriçoes financeiras. Se quer fazer os dois, ambos os lados saem prejudicados.
Mas muitas vezes essa escolha é feita pq ou se trabalha fora ou os filhos passam fome. Talvez uma escolha dura e cruel, mas uma escolha de qualquer forma.

Entao temos as mulheres que trabalharam duro para sustentar seus filhos, mal vistas por aquelas que escolheram as restricóes financeiras de ser donas de casa. Ou que escolheram ser donas de casa pq o marido podia bancar um estilo de vida do agrado de ambos. As mulheres que tem que trabalhar fora para trazer o sustento do lar, ou para manter o padrao de vida que considera minimamente aceitável (sim pq as pessoas tem suas concepçoes do que é um padrao de vida minimamente aceitavel, e violar tais concepçoes pode trazer muito desgosto para uma vida.) são vistas como pessoas que não se importam com a criação de seus filhos ou o bom funcionamento de seu lar. Quem trabalha fora não se importa com as criancás ou com o marido.

As mulheres estao portanto dividas em duas categorias e desunidas. Uma se achando sempre superior a outra. Tudo seria tao diferente se todos vissem o trabalho domestico como complemento do trabalho fora de casa. Um nucleo familiar tem que lidar como esses dois tipos de trabalho, pq um traz a renda, o outro a administra. Ambos requerem treinamento, estudo. É dificil enxergar isso num mundo de microondas e comidas prontas, aspiradores inteligentes e maquinas de lavar e secar que já deixam a roupa pronta pra vestir. Num mundo onde a TV e o computador educam as crianças desde os tempos da Xuxa. É dificil entender como o trabalho domestico requer estudo. Mas na hora que falta grana para as modernidades da vida, e vc tem que se virar sozinho pra alimentar e vestir uma familia, ou mesmo na hora que vc quer frutas frescas em vez de enlatadas e quer compra-las na feira ou mesmo no mercado. Nessa hora vc vai ver que tudo aquilo que a mae da mae da mamae sabia e nao passou adiante antes de seu ultimo adeus era tao precioso. Tao mais precioso que aquelas informacoes contidas em livros universitarios lidos pelos futuros arquitetos, economistas, e cientistas...

roubalheira no mercado

Ontem no pricerite eu peguei uns porta-verduras. Todos por 1.49. Só que o porta-tomate estava com uma etiquetinha dizendo 2.49. O carinha do caixa qdo viu a diferença entre a etiqueta e o mostrador do caixa, chamou o gerente.
O gerente veio, olhou e começou a operaçao para modificar o preço no caixa. Esses dois sao mais caros, vao sair por 5 dolares , pq cada um é 2.49.
Serio? O cara veio aumentar o preço da zorra?
“entao pode tirar. Eu so peguei pq na prateleira tinha o preço de 1.49. Nao vou pagar 5 dolares por esses dois porta-tomates.” Nao mesmo!!!
“ah, entao, ja que tava na prateleira, eu vou fazer por esse preço pra voce.”
Normalmente qdo o gerente baixa um preço errado pra mim, eu rio e agradeço. Mas, me desculpe, dessa vez eu nao ri. Simplesmente disse, “nesse caso eu levo.” Ele nao fez nada alem da obrigaçao dele. Baixar o preço para o que estava indicando no mostrador. Pq ele veio pra o caixa para alterar o preço para mais. Ve se tem cabimento!!!!
Nao ri nem agradeci. Nao me dei ao trabalho.
É nessas horas que a gente, se nao tiver de olho no mostrador do caixa, se estrepa. O bicho na prateleira barata com a etiqueta cara. Eles claro que vao querer de cobrar o mais caro esperando q vc nem se de conta na hora nem verifique a nota fiscal em casa.
Me faça uma garapa!!!!

domingo, setembro 09, 2012

O beija-flor


Há muito tempo atrás, houve um incêndio na floresta. Todos os animais da floresta começaram a fugir. No meio de toda essa confusão, enquanto leões, leopardos, macacos, pássaros, girafas, elefantes, ursos e tatus tentavam salvar suas vidas, um beija-flor voava e para lá e para cá.
O beija-flor voava até um riacho, pegava uma gota de água em seu bico, em seguida, voava de volta para o fogo e soltava o pingo de água. Ele fez isso várias vezes, até que um dos animais, percebendo sua atitude, riu-se dele, e perguntou: "O que você está fazendo, beija-flor? Você não vê que nunca vai apagar este incêndio sozinho?"
O beija-flor respondeu: "Eu estou fazendo a minha parte."

domingo, setembro 02, 2012

Jovem de oitenta anos e seu trágico fim

Era uma jovem senhora de oitenta anos. Tinha tanta historia para contar … se soubesse falar. Mas ela não falava. Não sabia. Contava sua história em suas rugas, em seu tamanho. Deixava a cargo de outros o narrar. E uma coisa ela fazia bem – estava sempre lá, para todos nós. Calma, imponente, frondosa. Como uma mãe que olha por seus filhos com sabedoria. Quantas vezes a ignoramos. Quantas vezes pensamos que sempre estaria lá. Debaixo de sol e chuva, vento e neve.

Até que, um dia, vieram atrás dela. Foi numa terça-feira. Quando saí pra trabalhar ela ainda estava lá.
E, naquele dia, eles vieram. Sem dó nem piedade, a derrubaram. Ela não disse nada, não pediu ajuda. Não podia. Não sabia. Ficou calada … até sua morte.

Quando voltei para casa não mais a vi. Nem sinal. Idos eram seu tronco, seus galhos, suas folhas. Ela se foi. Para nunca mais voltar. Apenas o todo ainda ali. Apenas o toco ainda nos lembrava que ela existiu. Por oitenta anos ela existiu. E se foi sem avisar. Sem que eu pudesse sequer me despedir.

Quem era ela? Há oitenta anos, ela foi plantada pelo nosso vizinho, e por sua turminha da alfabetização, na frente da escolinha onde eles estudavam. Uma homenagem ao diretor que se aposentava. Por oitenta anos essa homenagem cresceu e nos deu sua sombra e proteção. ... Até o dia que pessoas inescrupulosas vieram para destrui-la. Sem pena. Sem dó. Sem sequer o direito de fazê-lo.

Debaixo de suas raizes, protegia um segredo, uma capsula do tempo. Capsula que nosso vizinho e seus colegas esperam ainda encontrar. E prestar-lhe enfim essa ultima honra. Ao menos a dignidade de ter o seu segredo, a ela confiado e mantido até a morte, resgatado.

 A mim, só me resta dizer, "Adeus".

domingo, agosto 26, 2012

montanhas-russas e alturas


Ok, então eu sou covarde, ok! Sim, eu tenho medo de altura, Droga! Eu admito!
Dean e eu adoramos encontrar novos lugares para ir para uma caminhada e dia desses seguimos os trilhos do trem até uma ponte.
Ele me pediu para andar pela ponte da trilha com ele. Eu disse que sim, claro! Mas, assim que eu olhei para baixo, eu comecei a hiperventilar. Ele já estava a meio para o outro lado, e lá estava eu​​, olhando para baixo, hiperventilando, petrificada.
Ele riu de mim.
Peraí ... Ele riu de mim?? NINGUÉM RI DE VIKA! ... Bem, exceto seu próprio marido.

Agora, espere um minuto, você pergunta, como é que um fã de montanha-russa tem medo de altura? Simples, muito simples, meu amigo - Medo me excita, desde que eu saiba que não pode me machucar. As pessoas não mergulham para a morte ao entrar numa montanha-russa. Exceto, é claro, no caso da garota no parque Hopi Hari, que foi ejetada de um assento defeituoso da Torre Eiffel. Mas, pense comigo, se há uma chance de um assento de um brinquedo estar defeituoso e matar, quanto maiores são as chances de que, ao andar em pontes de trilhos de trem abandonadas, há meio kilometro acima de um rio, você pise em falso numa parte com a peça faltando ou com madeira podre e caia para sua morte!

Sabe quando eles dizem nos filmes, "não olhe para baixo!" e alguém olha para baixo? E então ele cai e morre, não é mesmo? Bem, eu aposto um milhão de dólares que essa pessoa seria eu:
"Vika, não olhe para baixo!"
E, na minha lápide, se vai ler, "Suas últimas palavras foram 'O quê?'"

segunda-feira, agosto 20, 2012

Trilha Sonora da Vida

Você imagina sua vida com uma trilha sonora? Você tem uma música tema? Eu não posso imaginar minha vida sem música de fundo. E, para tudo o que faço, há uma música de fundo tocando na minha cabeça.

  Parece estranho? Como poderia ser diferente? Se você cresceu na mesma época que eu, e na mesma situação que eu estava, você vai entender isso.

Eu cresci em uma época onde as vidas de pessoas, reais e imaginados, eram contadas na TV todos os dias, o tempo todo, como séries, shows, novelas, filmes, vídeos musicais, comerciais e qualquer outra coisa que ​​coubesse na tela pequena de luz azul.

Eu também cresci em uma época em que podiamos levar a nossa música com a gente em todos os lugares que íamos. No carro, na bolsa, ligado a nossos corpos.

A todo lugar que eu vou, há música tocando. O shopping, a loja, o restaurante, a escola. A música sempre está ao fundo.

Como eu poderia ver a vida de outra maneira, senão com uma trilha sonora?

segunda-feira, agosto 13, 2012

Limpar o sangue

No Brasil a gente diz, ou pelo menos dizia, que queria que os filhos casassem bem para limpar o sangue.

Limpar o sangue! Limpar o sangue queria dizer casar com alguém da pele mais clarinha em vez de casar com alguém da pele escura. Era pra tirar a negritude do sangue. Embranquecer a família. Porca miséria! Como se isso fosse bom!!!! Limpar o sangue!

É. Limpar o sangue. Nessa de limpar o sangue, eu perdi a boa pele de índio da que minha vó ainda pegou da família da minha bisa. Eu ainda dei a sorte de ter carinha de menina. Mas a pele que não envelhece nunca, essa eu não peguei. Peguei a pele de branco mesmo. Vai ficar enrrugadinha quando ficar velhinha. Pobres dos meus filhos, pois eu casei com um mais branco que eu. Aliás, ele nem acha que eu sou branca! Me faça uma garapa! Pobres dos meus filhos...

Nessa de limpar o sangue, eu perdi o cabelo escuro de minha bisa até os 86 anos. Minha bisa. Pois é, aos 86 anos, minha bisa tinha um punhado de cabelos brancos, e a maior parte da cabeleira toda negra. Já eu, nessa de limpar o sangue, desde os 17 anos eu tenho esses fios de cabelo branco me atazanando o juízo!

Pois é. Limpar o sangue. Nessa de limpar o sangue, as coisas boas das etinias não-brancas foram-se esvaindo, esvaindo … e a única coisa que que a parte escura da minha herança me deixou foi essa nhaca de preto. Sabe aquele fedor que todo mundo que tem que entrar em ônibus lotado ao meio-dia em Salvador da Bahia conhece bem? Esse aí mesmo! Nessa de limpar o sangue só me sobraram duas sílabas: cêcê!

domingo, agosto 05, 2012

Medo

Nesses ultimos dias tenho acompanhado minhas plantinhas crescendo. Meu tomateiro e meu pé de pimentão deram flores. E eu pensando, puxa visa, nao sou uma total incompetente. Será que vou colher frutos em breve?
Mas ao mesmo tempo, quando paro pra pensar mais profundamente no assunto de plantar e colher, tenho medo.
Essa semana fui com meu marido a Plymouth, a cidade iniciada pelos peregrinos que fugiram da perseguição religiosa na Inglaterra.
Eles tem uma vila chamada Plimoth Plantation, que recria a vida em 1627. Cada familia tem sua casa, cada casa seu jardim. Eles platavam e comiam do fruto do seu trabalho. Nao existia luz eletrica, nem telefone, nem shopping center. Mas todos tinham o que comer, o que vestir, e com que se proteger do frio. Eles aportaram ali em 1620, numa terra deserta (pois o indios locais haviam sido dizimados por doenças), e em menos de 7 anos tinham uma vida auto-suficiente.
E nós? Dependemos tanto da fragil tecnologia que nos cerca. Que fariamos se a eletricidade de repente nos faltasse? Nós perdemos toda a habilidade de sobrevivencia que nossos antepassados tinham e dominavam tao bem.
Nossa vida é mais fragil hoje do que era nos idos de 1620? Temos curas para muitas doenças, controlamos melhor a natureza, mas nao por nossas proprias habilidades. Se a nossa adorada eletricidade nos faltar, que nos resta? estamos acostumados a uma vida de conforto, e esquecemos que a qualquer momento ela pode ruir. E se ruir, que nos resta?
E para que ir tao longe? para que voltar a 1620?
Minha bisavó certamente levava uma vida bem mais autosuficiente que eu. Minha bisavó certamente tinha muito mais conhecimento de como sobreviver do que eu. Como será que em tres geraçoes todo esse conhecimento, que era passado de pais para filhos se perdeu? Conhecimento de geraçoes ... se perdeu porque a teconologia atual o fez desnecessario. Mas a teconologia atual vive, literalmente por um fio. e se o fio se romper? qual despreparados estamos para sobreviver? Nao sabemos mais tratar animais para consumo proprio. nem plantar hortas de subsistencia - na escola aprendi que quem fazia isso era o caipira pobre. Nós gente da cidade grande praticamos a cultura de subsistencia no supermercado. sequer sabemos fazer nossas proprias roupas.
Tenho medo - medo de que tanto conhecimento precioso esteja perdido para sempre. E que um dia precisemos dele.
Como queria trazer de volta a tradiçao de passar tradiçoes e conhecimentos de pais para filhos.

domingo, julho 29, 2012

Começo angustiante

Minhas férias desse ano começaram com uma viagem ao aeroporto. Uma viagem num dia chuvoso após um fim de semana angustiante. Então comecemos pelo fim de semana angustiante.

JP e Tia Léa iriam sair do Brasil na sexta de noite, chegar em Washington sábado de manhã, e ter um fim de semana intenso na capital americana, cheio de visitas a museus e monumentos. Eu tinha preparado o itinerário deles todinho junto com JP, e Tia Liana estava lá esperando por eles. Ela seria a anfitriã do passeio.

Mas sexta de noite, recebi uma mensagem de Tia Léa dizendo que a conexão São Paulo-Washington sairia atrasada por um problema na aeronave. Iriam chegar em DC com seis horas de atraso.

Poxa. Que chato. Vai ser um dia espremido

Horas depois, mais uma mensagem de minha tia avisando que o vôo foi cancelado. Eles estavam sendo levados para um hotel e só sairiam 24 horas depois.

Vinte e quatro horas depois? Um dia inteiro? Metade da viagem perdida? Nesse momento, eu, que tinha passado dias no telefone com JP planejando cada passo deles na capital americana, senti uma revolta angustiante! Tanto planejamento pra sair tudo errado!

Mas, tudo bem. Eles teriam o domingo. JP estava aproveitando o tempo no hotel, olhando o roteiro e resolvendo o que pular.

O problema é que a essa altura, eu não tinha cabeça pra mais nada. Ia passar o sábado faxinando a casa e deixando tudo pronto para a chegada dos dois na segunda de manhã. Mas, na angústia da espera por notícias, nem meu almoço terminei. A essa altura, se cruzasse com um funcionário da United na minha frente, enchia ele de supapo.

Sábado a tarde veio a bomba. O vôo so sairia domingo de tarde. Essa notícia sepultava de uma vez por todas a viagem a Washington. Segunda, às seis da manhã, eles deveriam pegar o vôo para Bradley. Portanto não iam ter mais tempo de ver nada de Washington. Nem museus, nem monumentos, nada.

Minha frustração era tanta que a essa altura nem precisava ser funcionário da United, bastava respirar para ser uma vítima em potencial de meus supapos. A viagem planejada com tanto carinho estava cancelada.

Ao ver meu desespero, Dean tentou em vão resolver o problema do vôo. Ligou para a United e tentou encaixar minha Tia e meu irmão em qualquer vôo que saisse de lá pra cá, em qualquer linha. Não havia vôo algum com vagas.


O domingo foi vivido na angustia de esperar que o vôo de fato saisse para que eles agora não perdessem o vôo aqui pra casa. Se isso ocorresse, aí que a cobra ia fumar. Nem à igreja eu fui, na angústia e na expectativa de receber notícias. Lá pelas tantas, lembrei que a casa ainda estava uma bagunça.

Dean, que estava sendo um anjo comigo, me ajudou a faxinar sem reclamar. Milagre? Não! Ele sabia exatamente o estado de nervos em que eu me encontrava.

Quando soube que eles haviam embarcado, com uma duas horas de atraso, descansei. Descansei um descanço cansado, decepcionado. Aquele descanço que todo brasileiro descansa depois de uma derrota em jogo eleminatório na copa do mundo. Esse sonho acabou. Até a próxima vez. Meu consolo era saber que vinha por aí ainda outra parte da viagem. A nossa parte. E, se Deus quisesse, essa sairia direitinho. Vamos dormir. Segunda feira é outro dia.

Domingo que vem eu continuo...



terça-feira, julho 24, 2012

Volta das férias

Sim, estou de volta das férias. De volta à vida real. Sempre que volto das férias parece que estou acordando de um sonho. Os momentos maravilhosos vividos, cumprimento do planejamento de um ano inteiro - agora apenas eternas memórias. Até mesmo as horríveis esperas nos aeroportos e os desagradáveis vôos são lembrados como parte desse sonho.
Esse ano foi especial porque parte dessas férias foi a vinda de meu irmão pequenno e de minha tia aqui aos Estados Unidos.
De toda forma, infelizmente, estou de volta a vida real. Férias são a única coisa que me faz acordar de manhã e que me faz aturar um dia de trabalho. Eu mantenho em mente que cada dia de trabalho me ajuda a pagar por um pedacinho das minhas preciosas férias. Então agora, agora que estou de volta a vida real, estou também de volta ao planejmento e à contagem regressiva para féiras 2013.

Devo desculpas aos meus leitores. Desapareci dos blogs sem oferecer justificativa por pouco mais de um mês. Mas é que tento não alardear na internet que não estou em casa. E, infelizmente, quando viajamos, a ineternet nem sempre é das melhores. E, quando, além disso, quando se tem cargas horárias de 20 horas por dia, como nós temos em nossas férias, sobra muito pouco tempo para escrever, editorar e postar blogs.

Isso de forma alguma é desculpa para minha falha em manter um diário. Eu deveria absolutamente registrar todo e cada dia de minhas férias, considerando o quão preciosos são para para mim. Eu preciso ter um registro desses dias. O que fiz, como me senti, o que comi... especialmente o que comi! Mesmo que quando eu chegue no hotel faltem apenas quatro horas para sair de novo, eu deveria tirar uns minutinhos para escrever uma reflexão daquele dia.

Estou fazendo aqui e agora uma promessa. A partir dessas próximas féiras, é isso que farei. Mas por agora vou me limitar a registrar, da melhor forma que puder, cada dia das minhas férias.

Prepare-se. Até domingo!

domingo, junho 10, 2012

Eu acredito

Eu acredito no direito de todas as pessoas de tomarem uma posição contra ou a favor de assuntos polêmicos. Eu acredito que todos nós temos o direito de tentar, através de argumentos, de forma coerente e civilizada, defender nossas posições e tentar convencer outros, através de argumentos. Eu acredito que ninguém tem o direito de humilhar outra pessoa por suas convicções pessoais.

Infelizmente a intolerância existe. E a intolerância parte de todos os lados. É muito fácil chamar uma pessoa de intoletante porque ela se recusa a acreditar na validade do casamento homessexual. Mesmo que essa pessoa esteja usando os meios democráticos de forma respeitosa e civilizada para convencer outros de seu ponto de vista. Uma pessoa que expressa uma opinião considerada impopular é agora acusada de intolerante - simplesmente por expressar sua crença pessoal.

Por outro lado, nossa sociedade atual nos tenta convencer de que certos grupos estão acima do bem e do mal. A comunidade gay, por exemplo, é feita de pessoas tolerantes e amáveis, pessoas possuidoras de bom gosto e de uma doçura sobrehumana. É como se o ser gay transformasse qualquer pessoa num cidadão modelo. Se você acha que os gays são tolerantes por serem gays, tente explicar o que aconteceu quando tentei explicar minha crença pessoal para uma pessoa que eu considerava um amigo de muitos anos. Primeiramente deixando claro que respeitava seu direito de cidadão de fazer o que a lei lhe permitisse, expliquei que minha religao tinha certos parâmetros pelos quais eu me guiava para entender o certo e o errado. Expliquei que, dentre uma miríade de outras coisas das quais eu também era culpada, o comportamento sexual era também considerado errado. Expliquei que isso jamais me impediria ter amigos que tivessem tal comportamento. Essa pessoa, sem minha autorização, tomou o meu nome e minhas palavras, e colocou as em discussão pública, chamou-me de mentirosa e ridularizou minhas convicções. Outras pessoas curtiram. Então que temos aqui? Humilhação e ridicularização pública agora é válido - claro, desde de que venha de um homossexual contra uma pessoa religiosa que ouse expressar sua opinião.

Agora pergunto - alguém que ridiculariza uma pessoa em público exbindo uma conversa particular feita com a maxima civilidade merece ser chamada de amigo e de boa gente? De amigo eu não o chamo mais.

Intolerância - atitude da qual as pessoas de linha mais conservadoras são sempre acusadas - vem inúmeras vezes das pessoas que se dizem mente abertas. Elas crêem que elas têm o direito de ter sua opinião. Mas só elas. Não é engraçado? Se alguém tem o direito de não ser vítima de buli por ser gay, outros não tem o direito de não ser vítimas de buli por terem uma religião que crê que o homosexualismo é um erro? Tolerância só serve pra um lado?

Certa feita fui acusada por uma professora de ser religiosamente intolerante. Ela sequer ouviu meus argumentos. Quando abri a boca para dizer que havia um erro no teste, ela me disse que eu deixasse de ser intolerante e que deixasse minha religião do lado de fora. Tudo que eu queria explicar a ela era que, na questão da prova que pedia que comparássemos o texto (uma fictícia conversa entre Deus e o homem no momento da criação do mundo) a resposta correta era "livro de Gênesis" e não "Novo Testamento". A professora poderia ter aprendido nesse dia que o livro de Gênesis e não o Novo Testamento fala sobre a criação do mundo. Mas preferiu humilhar a aluna religiosa em público sem sequer saber o que ela tinha a dizer. É claro, porque obviamente tudo que vem da boca de um evengélico é intolerância e não é digno de respeito. Então por que ouvir?

Esse é o mundo em que vivemos.

A verdade é que todo mundo é intolerante de alguma forma ou em algum grau. Isso porque todos nós temos certos valores sobre o certo e o errado e nem sempre sabemos lidar com pessoas que que tem parametros diferentes. Mas os que se auto-intitulam pro-tolerância são, em geral, de todos os mais intolerantes. Algumas pessoas gostam de humilhar os outros. E essas pessoas podem ser religiosas, podem ser gays, podem ser de qualquer raio de posição nesse mundo.

Ser tolerante é aprender a lidar com o diferente. Algumas pessoas aprendem que é preciso respeitar outros enquanto seres humanos apesar de termos valores e visões de mundo diferentes. Aprendem que não precisamos concordar, apenas respeitar outros enquanto cidadãos de sociedades democráticas, onde o direito de discordar não é um privilegio de grupos especiais - é por isso que se chama direito e não privilégio. Será que um dia todos poderemos entender isso? Entender e viver?

Viva como se cresse no direito das pessoas de ter opiniões diferentes e de poder argumentar em favor delas. Viva como se cresse no direito das pesoas de discordarem completamente de você, mas de terem o direito de fazer isso. Argumentação é uma ferramenta que todos nós temos ao nosso dispor. É um direito de todos que possuem opiniões. Mas requer respeito mútuo.

Viva. Falar é fácil. Viver é muito mais dificil. Viva uma vida que desmonstre o respeito que vc exige dos outros.

domingo, junho 03, 2012

Quando tudo tem que dar certo

Quando as coisas tem que dar certo aí é que elasdao todas errado.
Vejamos sexta-feira passada, por exemplo.
Estávmos ambos doentes, Dean e eu e o Cewin tinha acabado na noite passada. Pensei, vou acordar mais cedo, vou rapidinho até a Walmart, pego um Cewin e volto a tempo de sairmos pro trabalho.

Muito bom na teoria.

Acordei mais cedo mas acabei saindo pra walmart apenas 5 minutos antes de ter q sair prop trabalho.
Saio disparada. Cinco minutos depois estou chegando no estacionamento da Walmart.

Tinha uma vaga bem na porta. Perfeito.
Perfeito?
Seria. Se adjacente àquela vaga nao tivesse uma picape, uma mulher idiota nao resolvesse atravessar na minha frente em direçao à picape com o carrinho cheio de comida pra cachorro. Não contente em atravessar na minha frente a retardada estaciona o carrinho na minha vaga enquanto passa as omidas de cachorro pro carro dela, om toda a paciencia do mundo (leia-se, leseira).
Ja pra matar um, dei ré e entrei na vaga do outro lado.

Saio do carro como uma bala. Entro na walmart, prouro desesperadamente pelo cewin. Achei. Peguei. Corri pro caixa. Sao 7 da manhã. Apenas dois aixas funcionando e parece que é horario de pico com tanta gente fazendo compras grandes.
Peguei um fila na qual a idiota em minha frente está fazendo uma compra complicada. Pegou uma espiga de milho sem preço. E a mulher do caixa, com uma paciencia de Jó, mandou checar o preço.

Depois ela aidna pede por um maço de cirggarros, e paga em especie. Em especie! Vc tá brincando com minha cara?
Não. Pagou em notinhas e moedas que contou bem contadinhas. E a mulher do caixa teve que aidna dar troco pra ela. EM MOEDAS!!!!
Qdo chegou a minha vez, apesar da minha notavel impaciencia - porque tava até parecendo q eu era a unica idiota que tinha que estar no trabalho em menos de uma hora em todo aquele estabelecimento - a mulher do caixa foi vagarosa atré para verificar a minh identidade. Assim que paguei tomei a notinha da mao dela e corri de volta pro Carro.
sim, chewgamos atrasados. Como tem gente idiota nesse mundo!!!!!!

domingo, maio 27, 2012

Dupla Cidadania

Quarta-feira, dia 30de maio de 2012, eu ganharei dupla cidadania. Ou seja, terei cidadania Brasileira - que eu nao renunciei, nem pretendo - e Americana, que ganharei dia 30.
Muita gente não entende isso direito. Quando falo com as pessoas sobre o processo de cidadania, elas me olham esbugalhados e perguntam, "Mas você já não era cidadã há muito tempo?"
Não, gente. Caramba. Cidadania é coisa séria.
Vamos entender isso direito.
Quando eu entrei nesse país, entrei com um visto de intercambista - um J1. O J1 é um visto que te dá direito a entrar e sair dos EUA por um ano, mas um ano de estadia de bônus sem direito a multiplas entradas. Isso desde que vc mantenha o status de intercambista.
No fim do ano bônus, eu e Dean já estávamos namorando, e várias pessoas haviam sugerido que eu fizesse uma pós aqui. Sem ter nada a perder, eu dei a entrada na papelada, voltei ao Brasil e peguei um visto de estudante - o F1. O F1 te dá direito a entrar e sair dos EUA por 5 anos, desde que vc mantenha o seu status de estudante.
No fim do segundo ano, Dean e eu nos casamos. Agora eu era esposa de um Americano, e os EUA se acha tanto que na cabeça de girico do povo que faz a leis de imigraçao, uma pessoa casada com um americano jamais pode ter intençao de manter seu visto de estudante, para depois do curso voltar ao seu país de origem com seu conjuge gringo. Não. Mulher/marido de Americano tem que abdicar do visto (ou seja, estadia temporaria) e pedir residência permanente - o famoso Green Card. Presunção, se vc quer saber minha opinião.
Existe um catatau de formas de alguém conseguir um Green Card. Casamento com um cidadão é a mais rápida delas. Mas em resumo, qualquer pessoa que tenha uma razão legítima para estabelecer residência nos EUA pode entrar com pedido de Green Card. É preciso, para isso ter bons antecedentes e nunca ter atentado contra o governo americano. Também se requer que o greencardista resida nos EUA por seis meses mais um dia do ano. Claro, né? Esse é um documento de residência. Se vc não reside, quer o documentto pra que? Mas falar inglês e conhecer história é desnecessário para se obter um green card.
Uma pessoa que tenha obtido o Green Card pode morar nos EUA a vida inteira. Pois, como o próprio nome oficial diz, o Green Card dá residência PERMANENTE.
Um residente dos EUA, tem todos os direitos da declaração dos direitos humanos da consitituiçao americana. Liberdade de expressao, de culto, de assembleia, de portar armas, de fazer peticoes ao governo, de ter um julgamento justo, entre outros.
Recapitulando - qualquer pessoa com motivos legítimos para estabelecer residência nos EUA pode dar entrada no Green Card. Alguns demoram mais outros menos. E você pode passar a vida toda aqui com um Green Card. 
GREEN CARD NAO É CIDADANIA!!!! Não é mesmo. Entendam isso, galera. Cidadania é coisa séria. Cidadãos tem certos direitos e deveres que simples residentes não tem. Por exemplo, cidadão pode votar e ser votado. Cidadão deve servir em juri publico quando convocado. Para alguém se tornar cidadão, ele deve provar que saber falar o idioma do país e que tem um conhecimento basico de historia americana. Para ganhar cidadania, vc também tem que ter já alguns anos com um Green Card.
Depois de alguns anos com um Green Card, vc pode dar entrada na cidadania. Obviamente, vc não precisa. Mas pode. Como a cidadania te dá muitos privilegios, e eu nao tenho que abdicar minha cidadania natural, eu não vi razao para esperar. Green Card tem data de vencimento e tem que ser renovado a cada 10 anos. cidadania é pra sempre. Com a cidadania eu tenho direito a me posicionar politicamente, com o Green card nao.  O Green CArd pode ser revogado a qualquer momento pelo governo. A cidadania nao.

É. Era o melhor caminho.  POr isso, quarta feira me tornarei tb cidadã americana.

domingo, maio 20, 2012

Smart phones

Desde pequena eu sempre ouvi as pessoas falarem contra os dispositivos tecnológicos individuais. No tempo que eu era o walkman. Depois os mini games. Depois os telefones celulares, os laptops e os toca-mp3. Hoje em dia são os smart phones.


Muita gente gosta de falar que estes dispositivos distanciam as pessoas. Ninguem conversa mais! Só ficam ouvindo walkman. Só ficam falando no celular. Só ficam passando mensagem de texto. Só ficam na internet. Só ficam teclando nos smart phones! ...

Engraçado.

Eu vou tomar um lado bem impopular dessa discussão.

Engraçado o povo falar dos walkmans, dos mini games, ou dos Ipods. Engraçado o povo falar que neguinho que fica ouvindo música ou jogando joguinhos, e nao fala mais com ninguém. Engraçado que eu nunca ouvi ninguém falar mal dos livros. Neguinho sai de casa com um livro de baixo do braço e anda pra cima e pra baixo com a cabeça enfiada num livro. Ninguém diz - Hoje em dia ninguem conversa mais, só fica com a cabeça enfiada num livro. Num é verdade? É. Mas vc já ouviu alguem reclamar disso? Não. Neguinho que fica com a cabeça enfiada num livro é intelectual! Neguinho que fica com a cabeça enfurnada no mini game ou com os fones de ouvido na cabeça é aliaenado.
Engraçado, né?
Dois pesos...

Engraçado mais ainda o povo falar esse tipo de coisa sobre os laptops, celulares e smart phones.
Ninguem fala mais com ninguém. Só ficam no falando no celular ou passando torpedo.
Minha nossa senhora!!!!! Pelo amor de Santa Gerimunda!!!!! Esse povo num pensa não? O que será que as pessoas fazem quando estão falando no celular? Ou passando torpedo? Gente! Nossa! Gente do céu! Será possível? ELAS ESTÃO CONVERSANDO!!! Caraca! Sério? Sério! Estão conversando!!!!

E os smart phones? Hoje em dia smart phones são mais que um telefone. Você pode ter tudo que sempre teve que procurar em diversos lugares - Bíblia, biblioteca, internet, mensagem de texto, agenda, musica e jogos.
Hoje eu tive uma conversa absolutamente casual com a minha melhor amiga que mora no Brasil. Ela postou um negocinho no facebook. Meu telefone me deu um toque na mesma hora. Eu comentei em resposta. Ela comentou com kkkk's e respondeu. Uma conversa boba e trivial que, não fosse os smart phones, não existiria.
Muitas vezes meu marido e eu estamos conversando sobre alguma coisa e nós queremos procurar mais informações. Vamos no nosso smart phone e achamos a resposta para nossa pergunta, dados para nossos inquéritos, a casa que estamos procurando, o produto que queremos comprar, comparamos preços.
E aí? Os smart phones distanciam as pessoas? Gente! Sério? OS SMART PHONES DISTANCIAM AS PESSOAS???
E como explicar que eu pude teclar com minha melhor amiga - estando nós duas tão longe uma da outra - como se estivéssemos juntas? O SMART PHONE NAQUELE MOMENTO NOS UNIU. Naquele momento estávamos lado a lado.
E como que explicar que eu e meu marido podemos quase que imediatamente resolver disputas e achar coisas que nós estamos procurando, ali, juntos. Ou um longe do outro podemos achar uma coisa que sabemos que o outro tem interesse e enviar através de uma mensagem de texto na mesma hora?
Isso não só nos une em momentos nos quais estaríamos distantes, quanto nos possibilita aumentar nosso conhecimento a toda hora, a todo momento.

Se, em vez de lendo uma Bíblia num aplicativo do smart phone e pesquisando sobre a vida do profeta Daniel num outro aplicativo, estivéssemos lendo uma Bíblia de papel, cada um num quarto, todo mundo ia dizer "Que lindo!" Mas como é num smart phone ... desune e desumaniza.

Pode o smart phone desunir e desumanizar? Pode! Se estamos o tempo todo teclando com coleguinhas, inclusive na mesa do jantar, quando devíamos estar nos entrosando com a família. Mas será que precisa do smart phone pra esse tipo de coisa acontecer? Não acontecia com o telefone? E quantas pessoas não deixavam a janta esfriar e as familias sem sua companhia num telefonema de trabalho, ou vendo um filme na televisao? Ou saindo com os amigos, ou fazendo trabalho da escola?
Jogar mini game em vez de aproveitar a boa companhia de mamae, papai, filhos, e conjuges - desumaniza? Mas e se enfiar no quarto e ler sem parar enquanto o resto da família está na mesa do jantar?
Qual é a diferença? Pseudo intelectualismo da nossa sociedade e falta de análise crítica de quem abre a boca pra acusar a tecnologia.

Eu sou a favor da tecnologia. A tecnologia, que, cada vez mais, possibilita unir e educar as pessoas, mas que é sempre vilanizada.

Todo e qualquer produto da criação divina e humana pode ser usado para unir e para desunir. Vamos parar com a palhaçada de acusar os dispositivos e perceber que eles possibilitam cada vez mais a união e o entrosamento - mais do que nunca na história do ser humano.

Viva os smart phones!

sábado, maio 12, 2012

chantagem emocional


Tomei uma decisao muito importante recentemente. Decidi que cansei e que não irei repassar nenhuma mensagem que faz uso de chantagem emocional no facebook como estrategia para serem repassadas. Eu amo olhar as fotos e mensagens no facebook. E adoro copartilhar algumas delas, de acordo com meus proprios criterios.
Entretanto, porem, contudo, pedidos de alto teor manipulativo do tipo, "se você tem coração", "Se você ama a Deus", "Se essa mensagem fosse sobre sexo , você repassaria" ... serao automaticamente eliminadas da minha lista de compartilhar ou não.
Sim, eu tenho coraçao, eu amo a Deus, e, velho, podes crê que gosto de sexo. Mas não quero ser coagida a ou me sentir culpada a ponto de ter que compartilhar nada. Eu compartilho fotos e mensagens quando acredito que elas tem algum valor e quando vale a pena  dedicar o espaço na minha pagina. Não compartilho todas, claro. Nem tudo que gosto no facebook tem que ser compartilhado, até porque eu ainda me preocupo com poluição visual e limitar minha quantidade de fotografias diárias. Isso quer dizer que, ás vezes, mesmo mensagens lindas não serão compartilhadas porque simplesmente chegou a hora de parar naquele dia.
Minha maior preocupação não é se meus critérios são justos. Meu argumento é esse  – sou EU quem decide o que compartilho, baseado em meus proprios critérios.  E não em tecnicas que impliquem que eu não tenho coração, não amo a Deus, ou tenho algum vício por mensagens de conteúdo sexual.
Tudo q eu estou fazedno é me levantando para dizer "NÃO" às chantagem emocionais do facebook. Se você é uma das pessoas que repassam essas mensagens vou te explicar porque parei de repassar. Será que eu sozinha farei diferença nesse imenso mundo do Facebook? Nem sei nem quero saber. Mas tou fazendo isso pq acho que esta certo. E se eu fosse  você, faria o mesmo. 
Mas eu não sou você  e seu critério do que repssar pode ser completamente differente do meu. Talve vc não esteja nem aí para essas mensagens. 
Compartile isso no facebook. se vc gstou. E se não quiser não compartilhe. Faz o que vc quiser - é seu direito!