quarta-feira, setembro 26, 2012

pagamento minimo

Meu cartão de crédito me mandou a fatura desse mês. Nada além do ordinário. La estavam minha despesas, meus reembolsos (por umas compras que fiz e devolvi pra loja 10 minutos depois - pois achei mais barato na loja vizinha), data de pagamento e pagamento minimo. Sim, claro, o famoso pagamento minímo! Aquela quantia mais palatável que você pode pagar todo mês sem afetar seu crédito na praça.
Foi esse pagamento mínimo que chamou minha atenção.
O pagamento minimo, imagine vc, é de $2,52
...
$2,52 ....
Caraca!!!! Dá pra imaginar? Pagar $2,52 por mês de uma fatura de cartão de crédito? É pá rí é?

Digamos que eu nunca mais usasse esse cartão. Digamos ainda que juros não incorressem no meu saldo devedor a cada mês. Quer adivinhar aí - só um chutezinho, nem precisa fazer conta... adivinha quanto tempo eu ia levar para terminar de pagar a minha fatura se todos os meses eu fizesse esse pagamento mínimo!

Rapaz, eu não pude resistir. Sentei-me e fiz a bendita conta. Quer saber? Tá pagamento pra saber? Pois então passa sacolinha aí, vai. Eu tava até precisando de um dinheirinho extra. Aqui vai a resposta:

64 anos!!!!  Essa fatura deu à canção do Paul McCartney "When I'm 64" um significado completamente novo e esclarecedor...

sábado, setembro 22, 2012

Puff - O Dragão Mágico

Puff O Dragão Mágico
Tradução livre de Puff the Magic Dragon por Vika Winters

Puff, o dragão mágico,
vivia perto do mar
num país chamado Honolee
e gostava de brincar
Seu melhor amigo 
era o pequeno João
que lhe trazia bolas de gude, 
pipas e um pião.

Oh, Puff o dragão mágico
vivia perto do mar
num país chamado Honolee
e gostava de brincar

Juntos viajavam 
num barco a vela os dois amigos, 
João montado na cauda de Puff, 
viajava contra os perigos
Muitos reis e príncipes 
Se curvavam quando os viam
E piratas abaixavam 
suas bandeiras quando ouviam

Puff o dragão mágico
vivia perto do mar
num país chamado Honolee
e gostava de brincar

Um dragão vive eternamente
mas garotinhos não
Bolas de gude e piões
dão lugar a outras diversões
Um dia aconteceu, Joãozinho não voltou
E a voz do poderoso dragão
não mais se escutou

Andava cabisbaixo
Escamas verdes a cair 
Ele não ia mais brincar
Nos bosques de Honolee
Sem o seu melhor amigo
sua coragem desapareceu
Então o poderoso dragão
em sua caverna se escondeu.

Oh, Puff o dragão mágico,
vivia perto do mar
num país chamado Honolee
e gostava de brincar

sábado, setembro 15, 2012

estudar, trabalhar

Faz tempo que a idéia de que mulher pode e deve trabalhar se tornou tolerada, depois aceita, após isso louvada, e hoje comum.

Infelizmente isso fez com que se criasse uma rixa entre dois tipos de mulheres.

As mulheres que trabalham no lar sejam olhadas de forma baixa, como se elas não tivessem alcançado seu potencial. Como se fossem seres simplistas e de pouca ambição.

As pessoas falam como se ser eposa e dona de casa fosse um trabalho menos honrado, ou que requeresse menos esforço.
Com o passar do tempo as mães das novas gerações, com medo de serem intransigentes e retrogadas, incentivaram as filhas a não buscarem o casamento e a vida de dona de casa. Mas sim a vida do trabalho assalariado, fora de casa.
Ninguém parece se lembrar que tanto ha que se fazer numa casa para que tudo esteja sob controle. Ninguém parece se lembrar que crianças passam a ser criadas e educadas por empregadas e babás - trabalhadoras assalariadas que fazem o trabalho que outrora pertencia à dona de casa.
Por muitos anos as mães passavam às filhas seus conhecimentos sobre como manter uma casa e uma familia. Esses conhecimentos se perderam quando as mães com medo de criar filhas do século passado passaram a incentivá-las a não se ligar nessas coisas. Cozinhar? Costurar? Manter uma horta? Lidar com problemas de filhos no dia a dia? Tudo isso o dinheiro pode comprar.
A dona de casa é vista como um ser simples e ignorante. Mas tanto sabiam as donas de casa que cuidavam de sua casa com esmero. Uma sabedoria perdida, pq todo o serviço da casa passou a ser terceirizado.
Uma sabedoria que foi desvalorizada pela nossa sociedade ocidental pq nunca trouxe renda. Apenas possibilitava que outros na casa fizessem os serviços que traziam a tal renda. Ou seja a sabedoria que era a base de tudo.


As mulheres que trabalham fora por outro lado, muitas vezes sao desdenhadas por aquelas que trabalham em casa. As donas de casa que criam seus filhos fazem poucos das mães que tem que trabalhar dobrado - para cuidar de seu lar e para financiá-lo. Hoje em dia existe uma escolha. Você pode escolher ser só dona de casa. POde escolher só trabalhar fora. OU pode escolher os dois. Todas essas escolhas tem prós e contras. Se vc escolhe só trabalhar fora, delega a outro o cuidado com seu lar. Se escolhe só trabalhar em casa, tem que lidar com restriçoes financeiras. Se quer fazer os dois, ambos os lados saem prejudicados.
Mas muitas vezes essa escolha é feita pq ou se trabalha fora ou os filhos passam fome. Talvez uma escolha dura e cruel, mas uma escolha de qualquer forma.

Entao temos as mulheres que trabalharam duro para sustentar seus filhos, mal vistas por aquelas que escolheram as restricóes financeiras de ser donas de casa. Ou que escolheram ser donas de casa pq o marido podia bancar um estilo de vida do agrado de ambos. As mulheres que tem que trabalhar fora para trazer o sustento do lar, ou para manter o padrao de vida que considera minimamente aceitável (sim pq as pessoas tem suas concepçoes do que é um padrao de vida minimamente aceitavel, e violar tais concepçoes pode trazer muito desgosto para uma vida.) são vistas como pessoas que não se importam com a criação de seus filhos ou o bom funcionamento de seu lar. Quem trabalha fora não se importa com as criancás ou com o marido.

As mulheres estao portanto dividas em duas categorias e desunidas. Uma se achando sempre superior a outra. Tudo seria tao diferente se todos vissem o trabalho domestico como complemento do trabalho fora de casa. Um nucleo familiar tem que lidar como esses dois tipos de trabalho, pq um traz a renda, o outro a administra. Ambos requerem treinamento, estudo. É dificil enxergar isso num mundo de microondas e comidas prontas, aspiradores inteligentes e maquinas de lavar e secar que já deixam a roupa pronta pra vestir. Num mundo onde a TV e o computador educam as crianças desde os tempos da Xuxa. É dificil entender como o trabalho domestico requer estudo. Mas na hora que falta grana para as modernidades da vida, e vc tem que se virar sozinho pra alimentar e vestir uma familia, ou mesmo na hora que vc quer frutas frescas em vez de enlatadas e quer compra-las na feira ou mesmo no mercado. Nessa hora vc vai ver que tudo aquilo que a mae da mae da mamae sabia e nao passou adiante antes de seu ultimo adeus era tao precioso. Tao mais precioso que aquelas informacoes contidas em livros universitarios lidos pelos futuros arquitetos, economistas, e cientistas...

roubalheira no mercado

Ontem no pricerite eu peguei uns porta-verduras. Todos por 1.49. Só que o porta-tomate estava com uma etiquetinha dizendo 2.49. O carinha do caixa qdo viu a diferença entre a etiqueta e o mostrador do caixa, chamou o gerente.
O gerente veio, olhou e começou a operaçao para modificar o preço no caixa. Esses dois sao mais caros, vao sair por 5 dolares , pq cada um é 2.49.
Serio? O cara veio aumentar o preço da zorra?
“entao pode tirar. Eu so peguei pq na prateleira tinha o preço de 1.49. Nao vou pagar 5 dolares por esses dois porta-tomates.” Nao mesmo!!!
“ah, entao, ja que tava na prateleira, eu vou fazer por esse preço pra voce.”
Normalmente qdo o gerente baixa um preço errado pra mim, eu rio e agradeço. Mas, me desculpe, dessa vez eu nao ri. Simplesmente disse, “nesse caso eu levo.” Ele nao fez nada alem da obrigaçao dele. Baixar o preço para o que estava indicando no mostrador. Pq ele veio pra o caixa para alterar o preço para mais. Ve se tem cabimento!!!!
Nao ri nem agradeci. Nao me dei ao trabalho.
É nessas horas que a gente, se nao tiver de olho no mostrador do caixa, se estrepa. O bicho na prateleira barata com a etiqueta cara. Eles claro que vao querer de cobrar o mais caro esperando q vc nem se de conta na hora nem verifique a nota fiscal em casa.
Me faça uma garapa!!!!

domingo, setembro 09, 2012

O beija-flor


Há muito tempo atrás, houve um incêndio na floresta. Todos os animais da floresta começaram a fugir. No meio de toda essa confusão, enquanto leões, leopardos, macacos, pássaros, girafas, elefantes, ursos e tatus tentavam salvar suas vidas, um beija-flor voava e para lá e para cá.
O beija-flor voava até um riacho, pegava uma gota de água em seu bico, em seguida, voava de volta para o fogo e soltava o pingo de água. Ele fez isso várias vezes, até que um dos animais, percebendo sua atitude, riu-se dele, e perguntou: "O que você está fazendo, beija-flor? Você não vê que nunca vai apagar este incêndio sozinho?"
O beija-flor respondeu: "Eu estou fazendo a minha parte."

domingo, setembro 02, 2012

Jovem de oitenta anos e seu trágico fim

Era uma jovem senhora de oitenta anos. Tinha tanta historia para contar … se soubesse falar. Mas ela não falava. Não sabia. Contava sua história em suas rugas, em seu tamanho. Deixava a cargo de outros o narrar. E uma coisa ela fazia bem – estava sempre lá, para todos nós. Calma, imponente, frondosa. Como uma mãe que olha por seus filhos com sabedoria. Quantas vezes a ignoramos. Quantas vezes pensamos que sempre estaria lá. Debaixo de sol e chuva, vento e neve.

Até que, um dia, vieram atrás dela. Foi numa terça-feira. Quando saí pra trabalhar ela ainda estava lá.
E, naquele dia, eles vieram. Sem dó nem piedade, a derrubaram. Ela não disse nada, não pediu ajuda. Não podia. Não sabia. Ficou calada … até sua morte.

Quando voltei para casa não mais a vi. Nem sinal. Idos eram seu tronco, seus galhos, suas folhas. Ela se foi. Para nunca mais voltar. Apenas o todo ainda ali. Apenas o toco ainda nos lembrava que ela existiu. Por oitenta anos ela existiu. E se foi sem avisar. Sem que eu pudesse sequer me despedir.

Quem era ela? Há oitenta anos, ela foi plantada pelo nosso vizinho, e por sua turminha da alfabetização, na frente da escolinha onde eles estudavam. Uma homenagem ao diretor que se aposentava. Por oitenta anos essa homenagem cresceu e nos deu sua sombra e proteção. ... Até o dia que pessoas inescrupulosas vieram para destrui-la. Sem pena. Sem dó. Sem sequer o direito de fazê-lo.

Debaixo de suas raizes, protegia um segredo, uma capsula do tempo. Capsula que nosso vizinho e seus colegas esperam ainda encontrar. E prestar-lhe enfim essa ultima honra. Ao menos a dignidade de ter o seu segredo, a ela confiado e mantido até a morte, resgatado.

 A mim, só me resta dizer, "Adeus".