domingo, abril 27, 2014

Sociedade pseudo-cristã quer casar

Essa é uma continuação do blog da semana passada, quando eu comecei a questionar por que o adultério era crime - uma idéia que sempre me pareceu absurda.

Depois de ter, com meu limitado conhecimento juridico, explicado como eu entendi essa questão, começei a me questionar por que as pessoas querem cometer essa loucura chamada casamento.

Casamento já esteve extremanente fora de moda justamente por que as pessoas não queriam se prender a esse papel - esse contrato.

Se vc não quer ter que lidar com a lei na sua vida sexual, não se submeta a ela. Não case.
Se vc tá casando no civil, está casando diante da lei dos homens - lei esta que resolveu reconhecer uma instituição religiosa como tendo valor e privilégios legais. Então se vc quer meter a mão nesse vespeiro, lembre que está admitindo perante a lei que estará entrando em uma relação sexual monogâmica. Não acredita em monogamia? Problema seu. Seja você gay ou hetero (já que hoje a lei reconhece casamento homossexual), casamento é uma coleira. Se você não quer se prender, tá casando por que?

Hoje em dia ainda se prega o sexo livre, fora do casamento - assim como se fazia nos anos 70 e 80. Mas parece que o casamento voltou a moda.

Me pergunto por que as pessoas ainda casam? Se querem transar e dis-transar à vontade, por que querem entrar num contrato civil que requer exclusividade? Pior ainda, um contrato civil que tem origem religiosa, sendo que a religião é contra a permissividade sexual que essas pessoas tanto prezam? Por que as pessoas que são a favor da liberdade sexual querem entrar num contrato originado em uma instituição na qual elas não acreditam?

Tá tudo meio confuso hoje em dia em nossa sociedade pós-cristã, ou pseudo-cristã. Tá confuso inclusive essa instituição com esquizofrênia laico-religiosa e que era considerada ultrapassada até o movimento gay resolver entrar. Agora casamento é palavra de ordem. A pessoas querem casar e ter o direito de adotar ou alugar barrigas. Ninguém lembra que com os privilégios vem tb os deveres - inclusive o da exclusividade sexual (que aliás deveria ter vindo tb com a abstinência sexual antes do contrato).

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