quarta-feira, abril 13, 2011

Sol

Sábado saímos para caminhar pela primeira vez esse ano. Ah, o que é que isso significa? Que pela primeira vez esse ano o tempo nos sorriu, o sol apareceu, mas não como aquele sol de inverno, que brilha lindo no céu azul, mas não esquenta o corpo da gente. Não. O sol apareceu pela primeira vez esse ano, lindo, no céu azul, mas com vontade, como quem diz “Tá na hora de mais uma fornada!”

Saímos pra caminhar, mas ainda de calça e manga comprida.

Mas só o fato de estar do lado de fora, sem neve, sem vento, sem tremer de frio, simplesmente caminhando e celebrando a vida, valeu. Ganhei o dia. Que dia lindo.


Ontem, segunda feira, saímos pra caminhar novamente. Dessa vez eu saí de blusa de alcinha e short curtinho. Oh, glória! 11 de abril, quarto mes de 2011, minha pele sentiu pela primeira vez desse ano o sol. Pela primeira vez esse ano lembrei o que é sair na rua com as pernas e os braços descobertos, me sentindo gente, ser humano, mulher, com todas as curvas a que tenho direito delinadas e a mostra, como tem que ser.


Oh, sol, estrela mor desse sistema solar que Deus nos deu, por que não fica pra sempre assim? Por que não fica esquentando a Terra e o corpo da gente? Trazendo a alegria e a vida? Você aparece assim, gostoso, mas vai embora daqui a seis meses. E leva consigo toda a vida lá fora. E leva consigo parte da minha vida. Por que faz isso comigo?


“Ai, não me deixes não.”

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